O MAL ANTES DA CRIAÇÃO

Quando pensamos no conceito de eternidade, normalmente enxergamos do presente em direção ao futuro. Porém não é bem assim. Eternidade é um tempo sem limite para passado e futuro. O passado é infinito e o futuro também. Desde a origem do homem, Deus nos prepara para alcançarmos a graça da Eternidade em paz.
No antigo testamento, com uma Lei severa, muitas guerras, catástrofes, mortes, muito sangue derramado. Até Deus se decidir pela dolorosa e sofrida missão de deixar Seu Filho sofrer, morrer e ressuscitar. E assim foi feito com nosso Mestre Jesus, o único caminho para a Paz Eterna. Jesus apresentou uma leitura atualizada das Leis da Torá e deu novos rumos ao caminho da salvação. Mais do que isso: Jesus tornou-se um grande "filtro", uma grande "ferramenta" de seleção, para garantir o mais alto grau de pureza e retidão a habitar o Paraíso, de modo a sustentar a própria alcunha de Paraíso.
Dessa forma, podemos até nos perguntar: Por que Deus elaborou essa estratégia tão complexa para o caminho que leva ao Paraíso? Sobre o amor, misericórdia e dedicação que Ele tem conosco, realmente não nada que possa ser contestado. É óbvio, claro e evidente que é um amor incondicional e imensurável. Logicamente Deus quer salvar o máximo de habitantes da Terra, levando-nos para a Paz Eterna. Mas por que tanta perfeição no Projeto Cristão? Por que tantos detalhes? Seria um preciosismo Divino? Pois digo a todos que não!
Quando Deus impõe Seu severo e crítico conceito de elevação espiritual, é porque Ele não quer que se repita o que houve nos primórdios, na Eternidade passada, muito antes de toda a criação. Na verdade, a condição de justo, honesto, puro, manso e demais qualificações, muito bem descritas nos livros do Novo Testamento, são exatamente necessárias para que não surja um novo Lúcifer no Paraíso! Deus quer um Paraíso realmente Paraíso! Sem que sentimentos como inveja, arrogância, ganância, rancor e ira, tornem a fomentar uma nova rebelião de anjos.
Lúcifer era um querubim de alto conceito perante Deus (Ezequiel 28:14), porém os sentimentos citados acima o puseram nas trevas, mas não sem antes levar consigo boa parte do exército celestial, que se deixou levar por sua afronta a Deus. Apesar de Lúcifer não ser o o supremo entre os anjos, já que era querubim, que na hierarquia celeste está abaixo dos serafins, foi o supremo entre os que pecaram, dada, como falado acima, sua credibilidade e proximidade a Deus.
Dessa forma, colocando Jesus como Sua referência para adentrar aos portões do paraíso, Deus quer garantir que todos os que chegarem por lá estejam realmente "qualificados" e livre de todo e qualquer sentimento nefasto. Assim, a ideia é evitar o surgimento de um novo Lúcifer e consequentemente outra guerra celestial, garantir o cumprimento das profecias, principalmente as do Apocalipse e, por fim, cerrar definitivamente as portas a todo o mal, o mal antes da criação.


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