BOAS PRÁTICAS DO CRISTÃO - PARTE 2: EUCARISTIA

Meus abençoados amigos, Eucaristia (palavra de origem grega que sgnifica "reconhecimento", "ação de graças") é uma celebração da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada Comunhão, Ceia do Senhor e Refeição Noturna do Senhor.
Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, a Eucaristia é "o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271). A palavra Hóstia, em latim, quer dizer vítima, que entre os hebreus, era o cordeiro, sem culpa, imolado em sacrifício a Deus. 
Na Igreja Ortodoxa, como a doutrina da transubstanciação (transformação do pão e do vinho em corpo e sangue reais de Cristo) surgiu no ocidente após o cisma com a Igreja Católica, não há uma formulação teológica sobre o que acontece com os elementos na liturgia divina - é tido como "mistério".
O pão na liturgia ortodoxa é fermentado (simbolizando a nova natureza em Cristo) e o vinho é servido a todos os fiéis (inclusive crianças), com uma colher.
Na Igreja do Oriente, a Qurbana Qadisha (em aramaico: o Santo Sacrifício) segue um dos mais antigos ritos em uso, o de Addai e Mari. Suas orações eucarísticas, Gehantha, possuem grande semelhança com as orações e bençãos judaicas sobre as refeições. Na Igreja do Oriente a doutrina da transubstanciação é desconhecida e em sua liturgia não há as palavras de instituição ("este é meu corpo...este é meu sangue...").
Os luteranos acreditam que o corpo e o sangue de Cristo estão "verdadeiramente e substancialmente presentes em, com e sob as formas" do pão e vinho (os elementos) consagrados, deste modo os comungantes comem e bebem o corpo e sangue do próprio Cristo tanto quanto comem o pão e bebem o vinho através deste sacramento. A doutrina luterana da real presença é ensinada como a doutrina da União Sacramental. Essa doutrina muitas vezes é incorretamente chamada de consubstanciação (presença do corpo e sangue de cristo no pão e no vinho, sem modificá-los). Este termo é rejeitado pelas Igrejas Luteranas e seus teólogos, uma vez que cria uma confusão sobre a doutrina aproximando-a de uma compreensão equivocada, próxima ao conceito católico romano da transubstanciação, tido pelo Luteranismo como anti-bíblico e filosófico.
Na Igreja Anglicana, o entendimento é de um sacramento, independente de como o mesmo será entendido pelo comungante. Havendo alguns que tendem a uma explicação mais católica outros a explicações mais protestantes (de acordo com a linha dentro do anglicanismo) e alguns até preferem nem se preocupar em explicar como se dá, estando satisfeitos em saber que o corpo e sangue de Jesus estão presente ali de alguma maneira.
Dentro dos princípios Reformados, cuja teologia remonta aos princípios da reforma e são influenciados por Calvino, são duas visões principais quanto a Eucaristia.
Na visão de Zuínglio, a ceia é a lembrança do sacrifício de Cristo - essa posição é chamada de "memorialismo".
A proposta de Calvino, em oposição a Zuínglio, era que na ceia ocorria a presença de Jesus, não nos elementos, mas espiritualmente e posteriormente comunicada aos comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de "presença espiritual".
No século XVII, as igrejas batistas, em relação à ceia, baseavam-se nos princípios disseminados por Zuínglio, assim concebendo a Ceia apenas como um rito em que se recorda e proclama a morte de Cristo até que Ele retorne, onde o pão e o vinho são apenas elementos que simbolizam o corpo de Cristo. O termo usado é de "ordenança" (ou "mandamento") ao invés de "sacramento".
Dentro da teologia evangelical, a Eucaristia é chamada geralmente por "Santa Ceia" ou "ceia do Senhor", derivando da teologia de Zuínglio.

Bom, após essa conceituação histórica e sob a ótica das diversas vertentes cristãs existentes, vejamos agora sob a luz da Bílbia, os conceitos de Eucaristia:

"E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo." Matheus capítulo 26, versículo 26

"E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado." Marcos, capítulo 14, versículo 24

"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha." 1 Corinthios, capítulo 11, versículos 23 a 26.

Analisando as escrituras, vemos que no meio da Ceia Pascal, em gestos precisos e solenes do ritual judaico (ações de graças a Iahweh pronunciadas sobre o pão e sobre o vinho) Jesus enxerta os ritos sacramentais do novo culto que instaura. A importância da Ceia do Senhor relaciona-se com passado, presente e futuro:
 1) No passado, é um memorial da morte de Cristo no calvário, para redimir os cristãos do pecado e da condenação. Por meio da Ceia do Senhor, vemos mais uma vez a morte salvadora de Cristo e seu significado redentor para nossa vida. A morte de Cristo é nossa motivação maior para não cairmos em pecado e para nos abstermos de toda a aparência do mal. É um ato de ação de graças pelas bençãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós;

2) No presente, a Ceia do Senhor é um ato de comunhão com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do Corpo de Cristo. Nessa ceia com o Senhor ressurreto, Ele, como anfitrião, faz-se presente de modo especial. É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança mediante a qual o cristãos reafirmam o senhorio de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir ao pecado e identificar-nos com a missão de Cristo;

3) No futuro, a Ceia do Senhor é um pré desfrute do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então todos os cristãos estarão presentes com o Senhor. Antevê a volta iminente de Cristo para buscar seu povo e encena a oração ""venha a nós o Vosso reino". Na Ceia do Senhor, toda essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína sincera e obediência à Palavra de Deus e à Sua vontade.

Cristo derramou o seu sangue em nosso favor para prover o perdão dos nossos pecados e a salvação. A sua morte na cruz estabeleceu um novo concerto entre Deus Pai e todos quantos recebem a Seu Filho Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Aqueles que se arrependem dos seus pecados e se voltam para Deus mediante a fé em Cristo serão perdoados, libertos do poder de Satanás, receberão nova vida espiritual, serão feitos filhos de Deus, serão batizados no Espírito Santo, e terão acesso a Deus em todos os momentos, para receberem misericórdia, graça, força e ajuda.
Como outrora no Sinai, o sangue das vítimas selou a aliança de Iahweh com o seu povo, assim sobre a cruz, o sangue da vítima perfeita, Jesus, selaria a nova aliança entre Deus e os homens, a qual os profetas tinham anunciado. Jesus atribui a si a missão de redenção universal que Isaías havia atribuído ao "Servo de Iahweh".
Se aqueles que partilham a refeição eucarística não estão realmente unidos no amor, põem-se na categoria daqueles que mataram a Jesus.

Dessa forma, meus abençoados amigos, é muito importante partilharmos desse memorial, conforme a própria vontade de Jesus, para vivenciarmos seu espírito, seu sacrifício e nossa libertação. A comunhão com Jesus e Yahweh é uma fonte de elevação espiritual, que nos prepara para enfrentar as adversidades desse mundo. É o norte que precisamos tomar para seguir e conquistar nossa bênção redentora.

Um grande abraço e contem sempre com Jesus.
E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
1 Coríntios 1"

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